Dia D para o futuro de Kaká: fica no Milan ou vai para o Manchester City

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Manchester City se reúne hoje com craque para tentar definir a milionária transação.


Começa hoje em Milão o diálogo entre os representantes do Manchester City e Kaká para acertar a transferência mais espetacular da história do futebol. O clube inglês acredita ter trunfos suficientes para bater o martelo já hoje, mas está preparado para marcar outra reunião caso o craque e Bosco Leite, seu pai e procurador, façam uma contraproposta ou apresentem uma lista de exigências.


Ontem, o jornal inglês ”The Observer” publicou declarações de ”uma fonte próxima ao dono do City” desmentindo os valores estratosféricos que têm sido divulgados sobre o valor a ser pago ao Milan e também sobre o salário anual de Kaká, mas não é verdade – como também não era a ”notícia” que alguns sites árabes e ingleses deram no meio da semana de que o City havia retirado a proposta e desistido do negócio. O acordo entre os clubes foi fechado na noite de terça-feira – como o Estado revelou com exclusividade na edição de quarta – por 105 milhões de euros (R$ 326,5 milhões). E, na mesma noite, a cúpula do Milan deu sinal verde para a tropa do City (que era formada pelo vice-presidente Gary Cook, pelo diretor de operações Paul Aldridge e pelo iraniano Kia Joorabchian, velho conhecido da torcida corintiana) procurar Kaká e negociar.


As declarações de sábado de Silvio Berlusconi (dono do Milan) e Adriano Galliani (vice-presidente) deixam claro que a proposta existe e é mesmo do outro mundo. Berlusconi disse que ”provavelmente” terá de vender o jogador e que é impossível ”impedi-lo de ganhar tanto dinheiro”. E Galliani, diante dos protestos da torcida, afirmou: ”Sou um torcedor do Milan como eles, mas também sou dirigente. E por isso preciso agir com a razão e não com o coração.”


O primeiro contato entre Kia Joorabchian, na condição de representante do Cit e Kaká foi no final de novembro, quando o Milan enfrentou o Portsmouth na Inglaterra pela Copa da Uefa. O craque lhe disse que só conversaria com o clube inglês se o Milan fosse procurado primeiro, aceitasse a proposta e desse a autorização para que o seu contrato fosse negociado.


Quando a bomba estourou no meio da semana, Kaká ficou estupefato. O Milan não quis nem abrir negociação nas vezes em que Real Madrid e Chelsea quiseram contratá-lo, mas em poucas horas de conversa capitulou ao ainda inexpressivo Manchester City? Sua primeira intenção era dizer ”não” ao clube inglês, mas com o passar dos dias foi mudando de opinião ao perceber que Milan torce pelo seu ”sim” para pode embolsar os R$ 326,5 milhões que o clube do xeque ofereceu e já demonstrou, exibindo as garantias bancárias, que tem como pagar de uma vez só. E a conversa que teve por telefone com Berlusconi no sábado pesou muito, porque o dono do clube o aconselhou a não perder essa chance – o mesmo que havia dito em julho de 2006 a Shevchenko quando o Chelsea lhe ofereceu uma fortuna.


Sábado Kaká viveu um dia muito emotivo. Durante o jogo com a Fiorentina, em Milão, a torcida gritou seu nome e pediu para ele ficar. Ao final da partida, todos os seus companheiros o abraçaram, como se estivessem se despedindo. E quando deixou o estádio em seu carro, que era guiado por Caroline, sua mulher, as imagens da tevê o flagraram enxugando as lágrimas enquanto os torcedores pediam para que não deixasse o clube.


A partir de hoje, e até sexta-feira, o elenco do City treinará em Tenerife, na Espanha, para fugir do frio e aproveitar a folga do fim de semana. E a esperança é contar com Kaká no jogo do dia 28, em Manchester, contra o Newcastle. Kaká era esperado ontem em dois eventos de seus patrocinadores. Um desfile da Armani, em Milão, e um evento de uma fábrica de biscoitos em Gênova. Não apareceu em nenhum deles.


Já o presidente do Milan, Silvio Berlusconi voltou a deixar evidente sua vontade de ouvir um sim de Kaká: ”Como torcedor do Milan gostaria que Kaká ficasse, mas como dirigente seria uma estupidez recusar a oferta do City. Fiquei chateado com os protestos da torcida, porque o Milan ganhou muitos títulos com esta diretoria. E, se os torcedores querem o bem do clube, devem entender que temos um balanço a respeitar e é preciso fazer dinheiro.”


 


O QUE ELES DISSERAM


Silvio Berlusconi
presidente do Milan


”Como torcedor do Milan gostaria que Kaká ficasse, mas como dirigente seria uma estupidez recusar a oferta do City”


”Fiquei chateado com os protestos da torcida. Se os torcedores querem o bem do clube, devem entender que temos um balanço a respeitar e é preciso fazer dinheiro”



Adriano Galliani
Vice-presidente do Milan


”Sou um torcedor do Milan como eles, mas também sou dirigente. E por isso preciso agir com a razão e não com o coração.”


 


(Fonte:AE)

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